domingo, dezembro 31

Pico do Agudo - Sapopema


No cume a vista da Agulha Reinhard Maack

Pico do Agudo da Fazenda

Em 7 de setembro depois de algum tempo afastado das montanhas eu e o Reymondy meu primo/amigo de montanha resolvemos subir alguma montanha no feriado e acampar. A principio pensamos em subir o Tucum e curtir um visual do Pico do Parana e a Serra do Ibitiraquire. Mas uns dois dias antes lembrei de ter visto umas fotos dos Montanhistas de Cristo e no site Tred Friends do Andrey fazendo algumas vias nessa montanha e achei muito bonito e diferente. Falei ao Reymondy e ele já topou na hora. 
A montanha fica a 340 km de Curitiba no município de Sapopema, uma pequena cidade perto de Londrina e Maringá. O Rio Tibagi corta essa paisagem separando Ortigueira de Sapopema, alias duas margens bem acidentas e com formações rochosas para os dois lados, por isso tornando realmente o lugar único.

Esse é o lugar mais fotografado do local

A montanha fica em uma propriedade particular e seu dono Roberto Farias que cuida e controla seu acesso. Como fica próximo a grandes centros urbanos a montanha é muito frequentada. Então fica a dica para quem for para lá antes entrar em contato como o Roberto para avisar. 
Quase que não conseguimos acampar no cume, pois por ser feriado já estava lotado. O local é explorado por empresas de turismo de aventura que vão com vários turistas de Maringá, Londrina e Apucarana, além de grupos de escoteiros que também dividem os espaço. Me parece que o pessoal da região não colabora muito com o proprietário.
Tenho que reconhecer que foi o cume que acampei com mais barracas e pessoas que já estive. O proprietário é um cara muito bacana, mas não consegue controlar todos que vão para região. Falta também uma estrutura melhor de Camping na base, pois dessa forma impediria tantas pessoas subirem para acampar.
Outro atrativo que leva muita pessoas a região é as varias cachoeira,  não muito longe dali.

Acampamento no cume

Por ser um feriado, levamos muito tempo para chegar devido o congestionamento na estrada, na realidade nem sei quanto tempo levamos. Chegamos a tarde e logo subimos a montanha. A caminhada é uma dificuldade leve, levou uma hora e meia, isso que estávamos muito fora forma depois de meses sem fazer nada. Eu queria muito escalar e levei corda e equipamentos para isso, aumentando o peso e a dificuldade para subir. Tem pequenos trechos no final da subida que precisa passar por cordas em uma mistura de rocha e erosão.

Trilha final com cordas

O cume realmente é maravilhoso, um visual do do Rio Tibagi com grandes paredes ingrimes abaixo. E indo ao outro extremo do cume a Agulha Reinhard Maack muito linda e exótica. Nesse extremo do pico as fotos ficam incríveis, você tem que competir para tiras suas fotos e selfies. 

O primeiro visual do cume

Rio Tibagi ao fundo Ortigueira
Agulha Reinhard ao fundo


A noite estava perfeita com o céu estrelado e uma grande lua iluminada. 
No dia seguinte eu queria subir a agulha e escalar alguma via nesse pico. Vi que todos aglomeram-se no cume principal, mas ninguém tinha subido a agulha. Seu acesso é mais complicado, por isso pouco frequentado e assim mais preservado do que seu vizinho.
Como decidi um dia antes, nem procurei croqui, mas sabia que tinha vias no local conquistadas pelo Andrey. Analisamos um pouco do cume como iriamos passar pelo col e levamos corda e alguns equipo moveis para o outro lado. Já no cume da Agulha vi pelo menos duas vias com chapeletas no final. As vias eram todas em móvel, mas optei por apenas fazer um top rope para escalar uma das vias. A via era incrível, uma fenda inicial de meio corpo e o restante em oposição com um visual muito bonito do local. Depois pesquisando no site do Tred Friends a via era a Couro de Cobra (7a).

Trilha de acesso a Agulha

Reymondy e Roberto (natural) ao fundo o Pico Principal do Agudo
A base da via Couro de Cobra (7a)


Escalando em Top Rope




Bom! Depois de escalar a parede eu estava já muito feliz por ter subido o pico e ter feito pelo menos uma via do local, logo arrumamos nossas coisas e descemos. Nesse horário o sol já nos castigava e também já não havia ninguém no cume. Descemos com um pouco de dificuldade, pois estávamos cansados e não tínhamos nenhuma água.

A dica principal desse post é não ir para lá sem antes entrar em contato com o Roberto: 
(43) 98462-5977 / (43) 99634-3944 ou pelo Facebook  do Roberto Farias

Croquis Andrey:
https://tradfriends.com/2007/11/20/novas-vias-no-pico-agudo/
https://tradfriends.com/2011/03/12/agulha-reinhard-maack/


Visual do lado oposto do Rio Tibagi

Reymondy

Nenhum comentário:

Postar um comentário