segunda-feira, março 26

O Campo Escola "Anhangava"

Anhangava sempre foi o campo escola  para todo curitibano que almejava em ser escalador de rocha, apesar que hoje com as academias e a forte tendencia e preferência dos escaladores a escalada esportiva, não é mais uma unanimidade no esporte.
Com suas centenas de vias para escalar que vão desde  vias de III grau ao IXgrau com boulders e até vias longas com até 100m, predominando sempre vias mais de agarras e grandes aderências é um otimo lugar para começar a escalar. Costumo dizer que ir para São Luiz do Purunã volto com os braços doloridos (por conta de vias predominantes  esportivas negativas ) e o Anhangava volto com as perdas doloridas ( por mais vias tradicionais positivas).

 Roberto e Pamela (7 anos) na José Péon III grau
 Pamela na parada da Péon

Diferente dos setores mais esportivos (normalmente em falésias com acessos curtos) o Anhangava é uma montanha, com uma trilha bem na serra da Baitaca e um visual impressionante da nossa Serra do Mar. No cume com uma caminhada de 1 hora você pode apreciar o Marumbi, Pico do Paraná, Caratuva, Ciririca e o Cotia.
Trazer crianças é fascinante, pois elas tem um grande aperitivo do que é subir uma montanha, além de que tem ótimas vias para iniciantes. Um ponta pé inicial para os nossos futuros amantes do esporte e defensores de uma cultura de vida.

Na Pedra do Almoço (sentados) Gian Stahlke sua mulher e filho (5anos), eu com minha filha Pamela e Mauricio Monteiro

 Yasmin (3anos)

Vanessa, Yasmin e Natural

Os setores mais indicados para quem esta começando é o Setor Interiores (setor relativamente novo aberto em 2006) com varias vias de IV grau em aderencia e também o Setor Capitais que é o mesmo estilo só com vias mais cumpridas.

 Joãozinho (13 anos) no Setor Interiores na via Rancho Fundo IV grau


 Cadu (15 anos) na Transversal superior III grau em móvel


 Cadu na Solange V grau

 Zé  (15 anos) na Andorinha III grau no setor da pedra do almoço


 Cadu na Fissura de Mão da Caveran Vgrau
 Joãozinho na parada da Andorinhas III grau
Natural e Cadu na Escoteiros VI grau

sábado, março 24

Tendinite na Escalada

Esses últimos meses foram uma tortura para mim, acabei tendo varias lesões que me afastaram do meu constante treinamento para escalar e caminhar. Mas o pior de todas foi a mais temida de todo escalador a "tendinite".
Em setembro eu estava treinando na Academia, depois de correr 5km e ter escalado umas 2 vias, guiando um 5sup peguei mal na agarra e acabei forçando apenas um dedo ( o anular da mão direita) e na hora tive um deslocamento nas juntas com grande estralo e uma dor absurda. Isso já aconteceu outras vezes comigo e apesar da dor não achei preocupante e já fui para o tratamento normal dessas lesões "gelo". Passaram 3 dias e aquela dor não passava e mal conseguia fazer pequenos esforços como desenhar no computador (sou designer), foi então que fui ao um médico ortopedista especialista em mão. Ele era cirurgião e falou que eu tinha um rompimento parcial do tendão e teria que tratar com compressas quentes, antibióticos e uma injeção de corticóide, chegou a me assustar dizendo que se não melhorasse em um mês ele queria operar a minha mão e mexer num tal "túnel do carpo". Esse tipo de problema também afeta muito profissionais que trabalham muito com o mouse e muitas vezes só com uma cirurgia alivia a dor cronica.
Me tratei com ele durante um mês e como minha melhora foi minima, achei melhor procurar outros profissionais para me avaliar.





Realmente a lesão causou uma inflamação cronica ao qual popularmente chamam de Tendinite. Um amigo e cliente ficou sabendo do meu problema e me ofereceu fazer algumas aplicações de laser no local da lesão. Fiz algumas aplicações com ele e também comecei a fazer fisioterapia, ultra som, ondas de choque, mas depois de 2 meses o resultado foi pequeno e lento e eu já estava irritado com a situação.
Procurei outro médico e ele me propôs fazer uma infiltração de corticóide direto no tendão, mas teria que ficar pelo menos 45 dias sem fazer esforço algum. Estava tão ansioso para me curar que fiz a aplicação na hora e  foi muito doloroso, fui a academia e tranquei minha matricula por 45 dias e fiquei de molho todo esse tempo.
A infiltração foi meio radical, mas realmente me curou. Voltei a treinar, mas depois de 5 meses parado e ainda com medo de ter outra lesão não tenho feito grandes coisas.



Aproveitei esse tempo para fazer algumas caminhadinhas, ensinar meus sobrinhos "Cadu" e o "Joãozinho"  a escalar e até levei amigos e parentes para conhecer as montanhas e a escalada. Quando estou treinando  a escalada ou até o trekking não tenho paciência para ensinar ou acompanhar pessoas inexperientes. Foi um bom momento para isso.