terça-feira, dezembro 4

Monte Crista



Monte Crista visto da BR 376

Já faz algum tempo que penso em ir para essa montanha, pois é a  mais popular da região de Joinville e Garuva. Tinha ouvido muito sobre ela e por ser bem visível da estrada sempre passava por ela e desejava conhece-la. Seu cume esta a 940m e a sua trilha começa a menos 20m de altitude.
No feriado da Republica, planejei ir no sábado com meu sobrinho Carlos Eduardo Senra e meu primo e atual companheiro de empreitadas Reymondy Ansai Gabriel. A idéia era ir a tarde caminhar até o cume para passar a noite e voltar pela manhã já pensando em almoçar na estrada para Curitiba.
O acesso a trilha começa por uma ponte pênsil pertencente ao Sr. Ari que  cobra uma taxa para o estacionamento e para passar pela ponte. Após alguns minutinhos de caminhada você tem que atravessar o rio novamente, não é fundo mas tem que tirar as botas para atravessa-lo.


 
Inicio da Caminhada, travessia de uma ponte pênsil

 
Segunda travessia do Rio (tem que tirar as botas)

Após o rio a caminhada é bem tranquila sem grandes inclinações, bem marcada e poucas bifurcações (aliás sempre a direita). Passamos por um grande trecho conhecido como saboneteira aonde o terreno tinha muito barro e muita erosão, fazendo a trilha bem larga em alguns pedaços. Após umas 2 horas chegamos na trilha colonial, toda calçada similar a nossa trilha do Itupava. Aliás, pesquisando sobre essa trilha ela era um antigo acesso dos índios do litoral ao alto da serra do Quiriri, que na época do império foi calçado para facilitar o acesso das pessoas e animais. O calçamento esta muito bem conservado e ele vai até quase o cume do Monte Crista.

Trilha colonial da época do império


Um Mirante a poucos metros do cume
 
Estávamos carregados e a única intenção era chegar antes do sol se pôr.  Chegando bem próximo do cume tem uma bifurcação que leva a uma cachoeira e grandes clareiras para acampar. Como nossa intenção era a montanha e não conhecer cachoeiras, subimos direto ao cume. Levamos quase 5 horas para subir com algumas paradas para descansar, pegar água e curtir um visual. Vimos o pôr do sol e ainda deu tempo de montar o acampamento.


 
Reymondy e Cadu no cume
 
 

Amanhecer no Cume
 
 
Nosso jantar foi lasanha. Já tinha visto essas lasanhas no mercado, elas não precisam ser refrigeradas e são facilmente preparadas em banho maria (muito bom). Estávamos cansados e dormimos logo.
 
A noite chuviscou  muito, mas ao amanhecer a montanha nos presenteou com uma vista linda. Dava para ver Joinville o mar e praias como Itapuá, e claro a serra do Quiriri. Curtimos o visual, tiramos varias fotos e sem demorar já desmontamos o nosso acampamento. Fiquei um pouco decepcionado de ver a degradação na trilha, no cume e nas clareiras. Era lixo por tudo (até sapatos e calças) e toda clareira tinha marcas de fogueira (no montanhismo moderno isso é impensável). Lamentável e isso que eu nem fui para o lugar preferido desses pseudos montanhistas (as cachoeiras).
 

Serra do Quiriri
 

 
Camping no cume
 

 
Reymondy
 


 
Carlos Eduardo (Cadu)
 


A pedra "o vigia" no cume


Caros amigos acho que não vou postar mais nada este ano, por isso eu desejo um Feliz Natal e um Prospero Ano Novo.
Que o ano que vem possamos ainda mais escalar, caminhar e respeitar nossas montanhas.