sexta-feira, dezembro 3

São Bento do Sapucaí e Arredores

Pedra da Divisa




Essa região é tão impressionante como bonita. O conjunto do Baú sempre foi um classico para escaladas tradicionais com suas grandes paredes e uma localização previlegiada.


Mas essa região ao redor de São Bento do Sapucaí também foi desenvolvendo uma grande potencial esportivo. Com varios pontos de escaladas esportivas, tanto em vias com graduação altas e bolders.



Vista Aérea



A Vista Aérea fica pertinho de São Bento e é um campo escola para escala em movel. Você deixa o carro do lado da parede e numa tarde vc escala tudo que tem ali.






Michel na Bat-diedro 6a



Natural e Daniel na Quinto Apoio 5c



Fenda Perfeita para seus Camalots
Campo Escola de Escalada em Movel



Mas sem duvida o point mais conhecido e frequentado é a Pedra da Divisa. Com vias muito exigentes e linhas lindas é um grande desafio para qualquer escalador.
Nos finais de semana e principalmente nos feriados escaladores de todas as partes aparecem, principalmente nos curitibanos.






Mari (Marilene Lima) escalando a Panico 7b

(Setor Tetos)


Detalhe na rocha que dá um visual diferente a via




A galera num final de semana movimentado

( Setor Pilar Central)



Mari e uma escalador Paulista na Psicose 8b



Daniel e Michel na Gripe Espanhola 7a



Jaime Paba, Roberto Moreira (natural), Michel e Daniel Covatti
e nosso equipos




Para informações de escaladas a dica é a Montanhismus. Lá você poderá comprar o manual de escaladas da região, fazer cursos basicos e avançados, além de ter um abrigo para montanhistas.



Agora se você quer mais tranquilidade e conforto, então tem que conhecer o Chalé do Pedra do Baú. Seu Antonio proprietario e homem simples da região, sabe como conquistar seus clientes e torna-los amigos. O site http://www.chalepedradobau.com.br/ , quando estiver indo para o restaurente do baú na bifuração que você terá que ir para a estrada de chão o chalé fica a esquerda.



domingo, setembro 26

São Bento do Sapucaí e O Baú

Vista do Restaurante do Baú (inicio da Trilha para face norte Baú)


São Bento do Sapucaí é uma cidade Paulista na divisa com o sul de minas. A estrada que leva ela a SP-50 é toda sinuosa e por vários trechos você entre e sai de São Paulo. A região é próxima de Campos dos Jordão mas não é tão frequentada e badala. Alias o maior ponto turístico e atractivo da região o Complexo do Baú (formado pelas 3 montanhas Baú, Bauzinho e Ana Chata) que faz divisa das duas cidades.


Baúzinho, Baú e Ana Chata (da esquerda p/ direita)


Mas São Bento já descobriu o seu foco atual e o seu futuro o "Turismo de Aventura", com trilhas, escaladas, paraglide, bolders e Base Jumping. Hoje o município tem informações turísticas na entrada da cidade com informativos e guias de hospedagem e locais para pratica desse esportes.
Mas a região é realmente maravilhosa para o nosso esporte a escalada em rocha. Já estive na região umas 4 vezes e ainda não conheço tudo.

Kiwi, Eu (10kg a menos) e o Maurício (20Kg a menos) em 1995 no Cume do Bauzinho e ao Fundo a Pedra do Baú


O Complexo do Baú é recheado de escalada tradicionais longas e também escaladas esportivas. O Bauzinho ( 1760m) tem escaladas tradicionais e esportivas, a Pedra do Baú (1950m) vias tradicionais com muito artificial e a Ana Chata(1670m) vias tradicionais e de baixa graduação ótima para que não quer muito comprometimento ou iniciante.


O por do sol na Pedra do Baú (foto Michel)


Na Ana Chata mesmo sendo a montanha com as vias mais fáceis e repetidas do local, por incrível que parece é a que mais acidentes fatais foram registrados. Desde a primeira vez que visitei o local e escalei as vias mais tradicionais ( Lixeiros V, Peter Pan IV, Johnny Quest IV) ouvia as historias de acidentes no local. Mas tento cuidado e atenção é diversão garantida o dia inteiro.

Ana Chata


Natural - Capitão Caverna 5 VIIb



Vista do Baú na trilha p/ Ana Chata


Natural e Reymondy no final da Lixeiros em 1995


Marcelo (Feio) , Maurício (Superman) e Eu (Natural) cume da Ana Chata em 1995


Michel, Leo Madeira (aquele da MTV), Fabi e Eu em 2006


Natural logo atrás de Fabi - Peter Pan 4sup


O Bauzinho é perfeito para quem não quer andar muito, pois seu acesso pode ser feito pelo cume. Uma estrada que vem de Campos do Jordão leva direto ao seu cume com apenas uma caminhada de 5 minutos. Por isso é o lugar mais frequentado por turistas e até escaladores que nos finais de semanas e feriados congestionam seu cume e sua vias de escalada. Já estive até final da tarde para ver o por do sol como minhas filhinhas (Pamela 9 anos e Yasmin 2 anos).


Pamela, Natural e na mochila Yasmin


Marcelo e Michel - Paredão Tudo Bem 5

Natural e Michel - Preparando o Rapel


Jaime Paba - 1 cordada V de Vingança 4 VI sup

Daniel Covatti - V de Vingança


Michel - 4 cordada V de Vingança


Daniel Covatti - 7 cordada V de Vingança

Bom aí vai umas dicas, o Restaurante Pedra do Baú é muito conhecido no local e tem placas indicando desde o centro da cidade até ele. O restaurante é base para saída para ir para a face Norte do Baú e também é um camping, com banheiros e apoio para cozinha. Tem atrativos como playground para crianças, arvorismo e até uma parede indoor, além é claro de uma comida mineira servida no fogão a lenha. O site é www.restaurantepedradobau.com.br
Para informações de escaladas a dica é a Montanhismus. Lá você poderá comprar o manual de escaladas da região, fazer cursos basicos e avançados, além de ter um abrigo para montanhistas.
Agora se você quer mais tranquilidade e conforto, então tem que conhecer o Chalé do Pedra do Baú. Seu Antonio proprietario e homem simples da região, sabe como conquistar seus clientes e torna-los amigos. O site www.chalepedradobau.com.br , quando estiver indo para o restaurente do baú na bifuração que você terá que ir para a estrada de chão o chalé fica a esquerda.


sábado, junho 19

Sierra nevada del Cocuy, pico El Concavo (5200 mt) - Colombia

TEXTO JAIME PABA

.....focava a atenção nas pegadas dos meus companheiros um pouco mais acima e na presença do Alex ao lado, me dando forças para continuar. Parecia estar medindo a distância ate o cume do jeito que se mede o gol antes de começar uma pelada....... fiz uma pausa, respirei, gritei pro Diego diminuir o ritmo mas ele não escutou. Voltei a caminhar enquanto um sabor salgado vazava dos meus óculos escuros.



.........................El Cocuy, praça central com réplica da serra

Caminhando ansioso pelas ruas do El Cocuy, esperando encontrar com os guias da jornada, cruzei com uma camionete cheia de equipamentos e de gente. De uma das janelas Alex esticou seu braço e me deu as boas vindas ao grupo. Mais tarde, na praça da vila, terminei conhecendo a maioria dos que seriam os meus parceiros no curso de escalada em neve e com quem, se tudo saísse bem, atacaríamos um dos cumes da Sierra Nevada El Cocuy a 5200 metros de altura. Dos guias eu só conhecia o Alex, com quem tínhamos feito uma pequena escalada em rocha dias atrás. De Lucho, Fifo e Rafa eu não sabia quase nada. A surpresa da noite foi que o prefeito da cidade convidou o pessoal para dar uma palestra na praça central sobre a escalada ao Everest, realizada alguns meses atrás por eles. Lucho tomou a palavra e durante uns rápidos 40 minutos contou suas peripécias técnicas e financeiras para poder atingir o “teto do mundo” sem oxigênio, para orgulho de todos os “paisanos”. Antes de deitar reparei que, sei lá por que sorte, passaria os próximos dias com uns malucos casca grossa de montanha. Além dos quatro instrutores éramos mais seis escaladores na expectativa de uma experiência na neve e gelo de altura.



A turma. De esquerda para direita, Fifo, Lucho, David, Alex, Diego, ____, Sofia, Rafa, Santiago, ____ e Jaime. Perdi na minha cabeça o nome de dois companheiros, me desculpem


No dia seguinte chegamos de carro ao ponto de inicio do trekking, a fazenda “La Esperanza” (a 3.500 mts de altitude) onde após uma curta conversa técnica começamos o ascenso ao acampamento base. Cada um fez o percurso em ritmo livre e eu fui aproveitando para ir devagar, desfrutando da paisagem e esperando que isto me levasse a uma paulatina adaptação à altura. Após 4 h de caminhada eu estava chegando ao local combinado (4.300 mts altitude), cinquenta minutos depois que os meus companheiros. A pesar de ter subido em boas condições, a trilha não é difícil e o peso maior tinha sido despachado em animais, os efeitos da mudança de altitude começaram a se deixar notar. Em pouquíssimo tempo eu passei quase da normalidade para condições ruins. Não podia comer, a náusea era constante assim como o vômito. Deitado minha freqüência cardíaca era de 140 bpm. No meio do mal-estar geral eu comecei a pensar na minha situação no ano anterior, onde pelos mesmos sintomas tive que retornar de outra empreitada antes de chegar ao cume............adormeci. Acordei com outra cara e a pesar que a minha freqüência cardíaca não havia quase mudado eu já tinha certeza de que teria chance de ficar e tentar. Após um primeiro dia deitado, os três dias seguintes foram dedicados a práticas básicas de escalada em rocha e gelo (nós, encordoamento, auto-resgate, etc). Cada uma delas exigia uma boa caminhada e deslocamento para as partes superiores da montanha onde o branco começava a aparecer depois de um mar infinito de pedras (pois eh, o acampamento parecia muito com a superfície de Marte). Em cada prática eu sentia que meu rendimento embora tecnicamente fosse bom, fisicamente estava bem inferior à meia do grupo. As subidas e descidas eram agotadoras mas o astral da turma e as coisas que estávamos aprendendo superavam o cansaço.


................Inicio do trekkin´. o acampamento base está próximo à seta



....................O acampamento base. A lagoa será vista desde o cume




.......................Vista 2 do acampamento. Pedra pra tudo lado!

O Acidente
No quarto dia, enquanto descansávamos no acampamento base, chegaram alguns excursionistas com um pedido de socorro. Alguém tinha escorregado da neve no alto até as rochas do outro lado da lagoa onde nós estávamos. Em poucos minutos uma parte do grupo encabeçada por Lucho, Raffa e Fifo partiu para o local. O restante ficou à espera e observando de longe a tarefa de resgate. A vítima era uma garota que desprevenida entrou na neve e sem ter equipamento nem experiência escorregou por tal vez uma centena de metros até as pedras na base da montanha. O resultado foi traumatismo craniano, uma perna fraturada e escoriações diversas. O pessoal carregou a menina até o acampamento base e dali, montanha abaixo, até o local mais próximo onde uma ambulância a levaria até o Hospital. O restante do grupo ficou no acampamento refletindo sobre os acontecimentos e se ainda tentaríamos atingir o cume no dia seguinte depois daquela situação.........decidimos ir


.................................O acampamento base com o pico ao fundo



................................................Borde de neve




...............................Intervalo pra raspadinha durante as práticas

A subida
Acordamos após poucas horas de sono, colocamos o equipamento nas costas e iniciamos a caminhada pulando entre as pedras até atingir o borde de neve da montanha. Ali após longos minutos de preparação nos encordoamos, “cramponeamos” e saímos em duas cordadas. Em pouco tempo minha respiração tornou-se ofegante e o coração batia ao ritmo de matraca descontrolada, o mesmo de um ano atrás. As cordadas se desenvolviam facilmente más depois de um tempo a minha começou a se deter com alguma freqüência e a razão é que o último escalador amarrado (eu) ia muito devagar. Eu por outro lado achava que estávamos indo muito rápido, que não tinhamos cita marcada com ninguém lá encima. A medida que minha freqüência respiratória e cardíaca aumentavam, minha velocidade diminuía. Rapidamente passei do esforço esportivo para o sofrimento e uns instantes depois para a preçe. A escalada tornou-se um mantra interminável e a única função deste era me manter caminhando sem pensar em outra coisa que não fosse simplesmente subir enquanto contava cada passo a repetição. A escalada do El Cóncavo é na verdade um trekking técnico em neve-gelo com algumas inclinações pronunciadas. Após pouco mais de duas horas de exaustão chegamos à arista que precede o cume. Ali enfiamos os piolets fazendo uma pequena travessia de uma parede de talvez 1m de largura onde ao nos assomarmos encontramos uma queda vertical de centenas de metros. Simplesmente assustador, mas o cansaço superava o medo e eu passei por ai à procura de um “sofá” onde finalmente descansar. No cume batemos a foto oficial, meus companheiros ligaram para seus parentes, comeram raspadinha com leite moça, bateram mais fotos, enquanto eu sentado esperava simplesmente a hora de voltar contemplando lá longe nossa base de saída. A descida foi rápida e tranqüila e duas horas após ter atingido o topo da montanha e morto de cansaço, entrei na minha barraca e me enfiei no saco de dormir. Nesses curtos instantes prévios ao sono é que tive o prazer de dizer para mim que finalmente tinha conseguido.........e dormi profundamente como não o fazia desde o inicio da expedição.




......................................................A encosta




.................................No cume do El Côncavo (5.200 mts)




...............................................Vista desde o cume




............................Acampamento base (que não se vê) ao lado da lagoa




..................................................Descendo



Obs. No dia em que atingimos o cume mais um acidente aconteceu em condições e local idênticos. Posteriormente, de volta à minha cidade, em um dia de escalada em rocha, presenciei um terceiro acidente (fissura de bacia após queda durante a progressão numa fenda). Dessa vez conseguimos ter uma participação mais ativa no resgate. O particular foi que o escalador machucado me reconheceu quando o fixamos na maca: ele tinha ajudado a carregar aquela menina lá no nosso acampamento uns poucos dias atrás.



..............................................de volta à barraca

A Sierra Nevada de El Cocuy esta localizada entre os estados de Santander e Cundinamarca na Colômbia, de onde o autor é natural. Se alguém se interessar em como chegar lá é só me convidar para um café com leite que eu conto tudo.
Em relação ao mal de altura, não posso dizer ainda se é que o troço é muito bravo o eu sou particularmente suscetível. Eu estava com bom preparo físico, alternando ciclismo com escaladas em Curitiba. Mas quando cheguei lá encima parecia que tivesse ficado de engorde por uns cinco anos. De outro lado o pessoal com que eu fui mora acima dos 2500 mts e nenhum sentiu porra nenhuma, quer dizer, mal estar algum, mesmo com alguns deles com aeróbico menor que o meu de acordo a nossas conversas......vai saber....


....................Escalada em rocha antes da expedição (Suesca, Cundinamarca).

.............................................................O autor

O autor viajou a convite da BigFoot camisinhas.

Abraços e obrigado por chegar até o final.

sábado, junho 12

Escalada em Rocha na Colombia

Faz um ano que conheci Jaime Paba, que tenho sido meu atual companheiro de escaladas. Jaime é colombiano, quase brasileiro pois já mora por aqui ha uns 15 anos, apesar de ter um sotaque ainda bem acentuado. É um escalador de 39 anos mas que começou a escalar a apenas 4 anos.
Nesse pouco tempo virou montanhista de corpo e alma, escalando sempre em São Luiz do Purunã (setor 1 , setor 2 e setor 3) , Anhangava, Morro do Canal. Também já tem em seu curriculo alguns treking e escaladas na Argentina, Colombia e Equador.

Mas na realidade quero mostrar umas fotos de escaladas no seu país natal. Jaime esteve no final do ano visitando sua família e aproveitou para escalar por lá com seu amigo Xanxerense Daniel Covatti (também morador de Curitiba).
Nessa viagem esteve no Equador escalando em Alta Montanha o vulcão Cotopaxi (5.987 mt) e Chimborazo (6.310 mt) que logo, logo, postarei essa viagem.



Paredão do Canyon do Chicamocha , 50 km de Bucaramanga

Nessa parede predominam mais escaladas esportivas e conforme relatos de nossos amigos, muito exigentes. Vale lembrar que na Colombia a graduação é baseada pelo mesma aplicada nos Estados Unidos.


"Subete la pata" 5.12b



"Subete la pata" 5.12b


"Subete la pata" 5.12b


"Subete la pata" 5.12b




Paredão em Suesca, 1h 30 da Capital Bogotá. Mais de 300 vias de escalada.


5.11 (não soube informar o nome)



5.11 (não soube informar o nome)


"Mataron a Gullich" 5.11a

Parque de escalada La Mojarra (a tilapia). Ao redor de 100 vias de escalada, a maioria delas esportivissima de todos os graus. Arenito e de facil acesso. Escalavel o ano inteiro.