domingo, dezembro 31

Atualizando as Escaladas




Natural (Roberto) na via Malango (7b) no Setor 1

Acabei de perceber que faz exatamente dois anos que não escrevo nada nesse blog. Passei uma fase difícil com a doença e falecimento de minha mãe, mas também por uma lesão no meu joelho que aconteceu a alguns anos atrás em meus treinos, que culminou em uma cirurgia e a perda de 30 porcento do meu menisco. Realmente por todos esses motivos fui diminuindo os treinos e até as visitas as montanhas. Grandes caminhadas ou treking quase não consegui fazer, por dores insuportáveis no joelho. Mas felizmente o amor e a vontade de escalar foram muito maiores e mesmo com pouca frequência não parei de fazer pequenas caminhadas e escaladas, principalmente aqui perto de Curitiba. 

Rafael na Andorinhas no Anhangava

Natural na Via Quarto Mundo (5a) Anhangava

Base da Via Quarto Mundo (5a)
Natural na  via Branco no Preto (6sup) Anhangava

Rafael Moreira, Carlos Eduardo Senra(Cadu) e Roberto Moreira(Natural) no
Campo das Panelas ANHANGAVA

Reymondy no Setor 1 - via Passageiros (6a)

Setor 1 - via Passageiros (6a)

Anhangava, Morro do Canal, Setor 1 e Setor 3 de São Luiz do Purunã sempre estão próximos para dar umas fugidas da minha cansativa rotina de trabalho, para escalar e caminhar, as vezes acompanhado  de meu primo/amigo Reymondy ou de meu irmão Rafael e até meu sobrinho Cadu, ou muitas vezes sozinho com meus pensamentos, meu headfone e meu Silent Partner.

Solitário - Anhangava via Jocasta (7b)

Solitário - Morro do Canal via Segura senão Cai (5sup)

Solitário - Setor 3 via Robin (6b)

Solitário - Setor 3 via Robin (6b)
Solitário - Setor 1 via No Chapas (6b)

Solitário - Setor 3 via Ioiô (6 sup) 


Solitário - Anhangava via Monica 

Mas também tive o prazer de escalar com o Waldemar Niclevicz em um desses dias de escalada em solitário no Anhangava. Sempre cruzei com ele nas academias e algumas vezes na montanha, mas sempre só cumprimentava e nunca conversávamos. Ele esta apoiando um projeto de um vereador em Curitiba para a liberação de escalada em parques como o Tanguá e quem sabem na pedreira Paulo Lemisnki. Naquela semana eu havia discutido muito no facebook na pagina do jornal Gazeta do Povo defendo o projeto.

Waldemar Niclevicz na Solange (5a) Anhangava

Waldemar Niclevicz na Cascavel (5a) Anhangava

E pensar que nos anos 80 e 90 essas pedreiras abandonadas eram usadas por nós escaladores para praticar a escalada pertinho de casa. Olha uma foto minha em 1994 escalando a pedreira do  Gava (hoje Parque Tanguá). Nesse dia fomos assaltados por pelo menos uns 10 pivetes e reagimos a eles. Quase morri nesse dia por dois momentos, um quando tentei terminar de subir sozinho para pedir ajuda (escorreguei e cai pelos menos uns 5 metros a 30 metros do chão) e depois fui apedrejado dentro do meu próprio carro (um Chevette Hatch branco anos 80). No final das contas só eu tive prejuízos nesse assalto e um dos escaladores teve seu braço retalhado pulando para dentro de meu chevette com todos os vidros estourados.
Penso que hoje em dia seria um pouco mais seguro (bom, acho!!!).


Também estive nesse ano no Pico do Agudo  em Sapopema, mas isso já postei, só ver um post anterior.
E um pouco antes de minha cirurgia estive ainda em 2015 no Rio de Janeiro escalando o Pão de Açucar pelo Costão e a via mais famosa do Rio a Via Italianos/Secundo (5 sup).

Via Costão (escalaminhada) - Pão de Açúcar - RJ

Reymondy na P1 da Italianos - Pão de Açúcar - RJ

Reymondy e Roberto (Natural)

Roberto na segunda cordada da Italianos 

Via Italianos (5sup) 270m - Pão de Açucar - RJ

Reymondy na Via Tarcisio Resende 240 metros
Bom!!! Foi um resumão das poucas coisas que fiz, mas vejo que mesmo sem postar, meu blog sempre é visitado, por isso quero mesmo com pouco post sempre atualizar quando eu fizer alguma coisa interessante.
Feliz Ano Novo...Boas escaladas!!!!




Pico do Agudo - Sapopema


No cume a vista da Agulha Reinhard Maack

Pico do Agudo da Fazenda

Em 7 de setembro depois de algum tempo afastado das montanhas eu e o Reymondy meu primo/amigo de montanha resolvemos subir alguma montanha no feriado e acampar. A principio pensamos em subir o Tucum e curtir um visual do Pico do Parana e a Serra do Ibitiraquire. Mas uns dois dias antes lembrei de ter visto umas fotos dos Montanhistas de Cristo e no site Tred Friends do Andrey fazendo algumas vias nessa montanha e achei muito bonito e diferente. Falei ao Reymondy e ele já topou na hora. 
A montanha fica a 340 km de Curitiba no município de Sapopema, uma pequena cidade perto de Londrina e Maringá. O Rio Tibagi corta essa paisagem separando Ortigueira de Sapopema, alias duas margens bem acidentas e com formações rochosas para os dois lados, por isso tornando realmente o lugar único.

Esse é o lugar mais fotografado do local

A montanha fica em uma propriedade particular e seu dono Roberto Farias que cuida e controla seu acesso. Como fica próximo a grandes centros urbanos a montanha é muito frequentada. Então fica a dica para quem for para lá antes entrar em contato como o Roberto para avisar. 
Quase que não conseguimos acampar no cume, pois por ser feriado já estava lotado. O local é explorado por empresas de turismo de aventura que vão com vários turistas de Maringá, Londrina e Apucarana, além de grupos de escoteiros que também dividem os espaço. Me parece que o pessoal da região não colabora muito com o proprietário.
Tenho que reconhecer que foi o cume que acampei com mais barracas e pessoas que já estive. O proprietário é um cara muito bacana, mas não consegue controlar todos que vão para região. Falta também uma estrutura melhor de Camping na base, pois dessa forma impediria tantas pessoas subirem para acampar.
Outro atrativo que leva muita pessoas a região é as varias cachoeira,  não muito longe dali.

Acampamento no cume

Por ser um feriado, levamos muito tempo para chegar devido o congestionamento na estrada, na realidade nem sei quanto tempo levamos. Chegamos a tarde e logo subimos a montanha. A caminhada é uma dificuldade leve, levou uma hora e meia, isso que estávamos muito fora forma depois de meses sem fazer nada. Eu queria muito escalar e levei corda e equipamentos para isso, aumentando o peso e a dificuldade para subir. Tem pequenos trechos no final da subida que precisa passar por cordas em uma mistura de rocha e erosão.

Trilha final com cordas

O cume realmente é maravilhoso, um visual do do Rio Tibagi com grandes paredes ingrimes abaixo. E indo ao outro extremo do cume a Agulha Reinhard Maack muito linda e exótica. Nesse extremo do pico as fotos ficam incríveis, você tem que competir para tiras suas fotos e selfies. 

O primeiro visual do cume

Rio Tibagi ao fundo Ortigueira
Agulha Reinhard ao fundo


A noite estava perfeita com o céu estrelado e uma grande lua iluminada. 
No dia seguinte eu queria subir a agulha e escalar alguma via nesse pico. Vi que todos aglomeram-se no cume principal, mas ninguém tinha subido a agulha. Seu acesso é mais complicado, por isso pouco frequentado e assim mais preservado do que seu vizinho.
Como decidi um dia antes, nem procurei croqui, mas sabia que tinha vias no local conquistadas pelo Andrey. Analisamos um pouco do cume como iriamos passar pelo col e levamos corda e alguns equipo moveis para o outro lado. Já no cume da Agulha vi pelo menos duas vias com chapeletas no final. As vias eram todas em móvel, mas optei por apenas fazer um top rope para escalar uma das vias. A via era incrível, uma fenda inicial de meio corpo e o restante em oposição com um visual muito bonito do local. Depois pesquisando no site do Tred Friends a via era a Couro de Cobra (7a).

Trilha de acesso a Agulha

Reymondy e Roberto (natural) ao fundo o Pico Principal do Agudo
A base da via Couro de Cobra (7a)


Escalando em Top Rope




Bom! Depois de escalar a parede eu estava já muito feliz por ter subido o pico e ter feito pelo menos uma via do local, logo arrumamos nossas coisas e descemos. Nesse horário o sol já nos castigava e também já não havia ninguém no cume. Descemos com um pouco de dificuldade, pois estávamos cansados e não tínhamos nenhuma água.

A dica principal desse post é não ir para lá sem antes entrar em contato com o Roberto: 
(43) 98462-5977 / (43) 99634-3944 ou pelo Facebook  do Roberto Farias

Croquis Andrey:
https://tradfriends.com/2007/11/20/novas-vias-no-pico-agudo/
https://tradfriends.com/2011/03/12/agulha-reinhard-maack/


Visual do lado oposto do Rio Tibagi

Reymondy