segunda-feira, agosto 24

Marcos Luszczynski


Sempre me pego pensando nesse montanhista e amigo, que infelizmente perdeu sua vida na tentiva de escalar o Mont Blanc em solitário. Era um especialista na área de segurança em altura. Não só por ser montanhista, mas tinha uma empresa que ministrava a grandes empresas de telecomunicações , energia, petroquímicas dando cursos de segurança em altura para trabalhos de risco.

 
Alias foi em uma das suas especializações e atualizações de conhecimento sobre a segurança em altura que foi até a Europa para uma feira, e planejou sua escalada ao Mont Blanc.


Mont Blanc - 4810m


Fiz alguns trabalhos em altura com ele e depois do meu afastamento das montanhas perdi o contato. Levei um susto quando em 2005 assistindo o Fantástico vi a foto dele na TV e seu relato de desaparecimento na escalada. Sabemos dos riscos que assumimos ao praticar um esporte que envolve vários risco, mas no fundo não queremos isso para nós e nem estamos preparados para suas consequencias. Infelizmente ele deixou sua esposa e um filho que naquele momento tinha apenas 1 ano.
Foto tirada por Marcos (Eu e seu irmão Roberto)

Na época repercutia o assunto sobre ser uma imprudência ou imperícia, como foi com o caso do escaladores Mozart Catão, Alexandre Oliveira e Othon Leonardos . A mídia e pessoas não praticantes do esporte sempre se espantam e querem culpar alguém. Infelizmente essa montanha é conhecida por não ser técnica, mas sim por seu clima ser extremamente imprevissivel (ainda mais no mes do ocorrido) e por suas famosas gretas que infelizmente levam todos os anos varios alpinistas a quedas.

Foi com ele que comecei a sonhar em escalar o Aconcágua. Em 1996 ele me convidou para fazermos a tentativa. Até o momento eu estava tão empolgado com a escalada em rocha que nem pensava na possibilidade de outras modalidades. Comecei a pesquisar, mas realmente não fiz muito esforço para que aquilo se tornasse realidade. Chegando a temporada Marco e seu amigo Luiz Fernando Marquete sem guias foram para sua escalada, que finalizou com sua conquista do cume (sozinho sem seu companheiro). Tenho até hoje um recorte de jornal (Gazeta do Povo) com seu relato e a matéria escrita por Vitamina ( montanhista paranaense).


Matéria publicada na Gazeta do Povo

Aqui fica apenas uma lembrança de um amigo que agora repousa na sua montanha mágica (único registro deixado por ele na sua subida). Que olhe por nós nas nossas empreitadas e aventuras nas montanhas.


3 comentários:

  1. Olá Beto!
    Sou irmã do Marcos e trabalho na empresa dele há 7 anos, comentou ter feito alguns trabalhos com ele, será que não nos conhecemos?

    Obrigada pela sua msg, me confortou saber que os que o conheceram sentem tanto carinho por ele, foi uma pessoa iluminada e nos faz muita falta.
    Mais utilizando das palavras dele, e fazendo analogia as suas, que repouse tranquilo em sua montanha mágica.

    Abraços!
    Bruna

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  2. Olá Bet
    Somente hoje, abril de 2011 é que fico sabendo do Marcus. Nos conhecemos quando ele ministrou um treinamento em altura em uma grande empresa de Telecom que eu trabalhava e ele tinha a Altiseg. Creio que por volta de 1995 tivemos um breve namoro. Hoje encontrei o nome dele em uma agenda da época e pesquisando no google tive este triste notícia. Que o Marcus esteja tranquilo em sua montanha mágica e de lá zelando por seu filho.

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  3. Saudades do amigo Marcão, lembro de quando chamavamos ele de Stanley por causa do antigo seriado de tv gordo e o magro. O cara que me levou para a montanha pela primeira vez, devo muito a você Marcão. Principalmente essa paixão que tenho pela natureza, fica com Deus amigo.

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